“2Como
são amáveis as tuas moradas, ó SENHOR do universo! 3A minha alma
suspira e tem saudades dos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne cantam
de alegria ao Deus vivo! 4Até os pássaros encontram abrigo e as
andorinhas um ninho, para os seus filhos, junto dos teus altares, SENHOR do
universo, meu rei e meu Deus. 5Felizes os
que habitam na tua casa e te louvam sem cessar.6Felizes os
que em ti encontram a sua força, e os que desejam peregrinar até ao monte Sião.
7Ao
atravessarem o Vale do Pranto farão dele um oásis, que as primeiras chuvas
cobrirão de dádivas. 8Eles avançam
com entusiasmo crescente, até se apresentarem em Sião diante de Deus.” (Salmo
84)
Ontem ao fim do dia, ao passar por um templo, recordei-me daquela pequena igreja, a Porciúncula que está debaixo daquela catedral em Assis! Como seria o olhar do Pobre de Assis ao encontrar a sua pequena e amada Igreja ali coberta pela grandiosidade daquela catedral... pobre Francisco…! Poucos como ele conseguiram viver tão plenamente e profundamente este Salmo 84 com todo o seu coração e também a sua carne nesse CÂNTICO de louvor em que se tornou a sua vida:
Ontem ao fim do dia, ao passar por um templo, recordei-me daquela pequena igreja, a Porciúncula que está debaixo daquela catedral em Assis! Como seria o olhar do Pobre de Assis ao encontrar a sua pequena e amada Igreja ali coberta pela grandiosidade daquela catedral... pobre Francisco…! Poucos como ele conseguiram viver tão plenamente e profundamente este Salmo 84 com todo o seu coração e também a sua carne nesse CÂNTICO de louvor em que se tornou a sua vida:
“3A minha alma suspira e
tem saudades dos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne cantam de
alegria ao Deus vivo”
Tudo e todos eram para ele átrios do SENHOR onde acontecia
essa ADORAÇÃO contínua e ininterrupta ao CRIADOR! No seu coração habitado pelo “Prisioneiro
do Amor”, Francisco transformava campos, vielas sujas, mãos e rostos leprosos, pobres
e ricos, num ALTAR precioso onde oferecia diariamente
esse “sacrifício” do AMOR…!
Na sua carne, experimentou outro crucifixo, desenhado na sua alma pela contemplação
do outro naquela pequena Igreja de S. Damião! Certamente que ali naquela obra
de arte, a beleza ressoava com uma dimensão incomparável, mas a maior BELEZA que
o seu olhar límpido captava naquele crucifico eram as feridas ali desenhadas e moldadas pela OBLAÇÃO do seu Senhor e
seu Deus que reflectiam as feridas que carregava essa outra “igreja” o CORPO de
Cristo em cada homem e mulher que no mundo sofria o DESAMOR!
“4Até os pássaros
encontram abrigo e as andorinhas um ninho, para os seus filhos, junto dos teus
altares, SENHOR do universo, meu rei e meu Deus.”
Como uma andorinha, voltava em
cada estação da vida ao ninho, à sua Igreja, mas mantinha a sua alma sempre
solta e livre, voando pelos corações dos homens nessa ORAÇÃO maravilhosa e
profunda, escrita e orada em cada gesto e palavra que escreveu com a sua vida!
Para ele, esse ABRIGO que reconstruiu
com amor e sacrifício nas pedras frias e ásperas que encontrou por aquele “vale
do mundo”, onde sopravam os frios desse INVERNO que assolava a sua amada Igreja
que significava mais do que um TEMPLO, o seu coração via e descobria em cada
pedra que ali colocava, uma nova ESPERANÇA para o povo de Deus…um novo ABRIGO
para os deserdados do AMOR!
Para Francisco, cada pedra significava
um coração afastado da COMUNHÃO… por isso, não poderia existir maior alegria
neste coração pobre e simples, de sonhar e ver finalmente a IGREJA do Pai novamente
unida e erguida, onde todas as PEDRAS tinham o seu lugar próprio… onde todas contribuíam
para a manter erguida e forte, mesmo a pedra mais TOSCA e INUTIL ao olhar
humano…! Ali, nenhuma pedra era jogada fora ao esquecimento… nem rejeitada só
porque não ENCAIXAVA no lugar desejado pelas mãos do construtor… tudo ali se transformava
numa nova LITURGIA…!
6*Felizes os
que em ti encontram a sua força, e os que desejam peregrinar até ao monte Sião.
7*Ao atravessarem o Vale do Pranto farão dele
um oásis, que as primeiras chuvas cobrirão de dádivas.
Na sua alma, como o salmista, a
IGREJA era uma PEREGRNAÇÃO constante… nela nada era estático… mesmo nas muitas
quedas e desencontros, o que importava era erguer-se mesmo ferido e manter o
rumo… retomar a caminhada sem parar nesse CAMINHO por vezes tão cheio de lágrimas
e dores que alimentam esse PRANTO que habita em cada peregrino ou peregrina do
Pai que busca esses OÁSIS que crêem e sabem existirem, e que as janelas da
Esperança deixam entrar através de alguns lampejos que vão brilhando ao olhar da alma que sente
já as primeiras gotas das chuvas que a GRAÇA derramará um dia por esse peregrinar da vida…!
8*Eles avançam
com entusiasmo crescente, até se apresentarem em Sião diante de Deus.”
Nos
Irmãos que
acolheu, amou e com quem partilhou a sua pobreza e o seu amor… naqueles
que também o seguiram e ainda seguem hoje as suas pisadas espirituais,
ele ajudou a construir essa Igreja invisível do Pai, aquela que já não é
feita de pedras, mas de carne e coração, essa
que sabe há muito que as BODAS do CORDEIRO estão preparadas há mesa,
nessa Sião
celestial, onde já não haverá mais pranto nem dor, onde todos são um só
com o
PAI…
“Ó SENHOR do universo, feliz o homem que em ti confia!” Salmo 84,13
“Ó SENHOR do universo, feliz o homem que em ti confia!” Salmo 84,13
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